segunda-feira, 25 de abril de 2011

A Importância do papel do Coordenador Pedagógico no Planejamento Escolar e as dificuldades encontradas neste papel.

Sabemos que dentro da unidade escolar, o papel do coordenador pedagógico nem sempre é bem definido. Muitos acham que esse profissional exerce o cargo de auxiliar do diretor para as questões burocráticas. Outros já acreditam que cabe a ele resolver todos os problemas disciplinares dos alunos. E o pedagógico? Como fica? E aí que está à denominação do cargo e na maioria das vezes está sendo esquecido. É essa a palavra que define a tarefa do coordenador: fazer com que os professores aperfeiçoem sua prática em sala de aula para que os alunos aprendam sempre, mais e melhor. Para tanto, ele só tem um caminho: realizar a formação continuada dos docentes da escola e sistematizar o plano de ensino.

É nessa mesma ótica que percebemos a importância do papel do Coordenador em está bem definido para então desenvolver as suas atribuições significativas para função.

De acordo com o texto “O Coordenador Pedagógico e o Planejamento Escolar” do curso de Coordenação Pedagógica-Escola de Gestores MEC, o coordenador como agente articulador do diálogo deve estar atento à transformação da comunidade escolar, promover a reflexão em torno das relações escolares e da transformação da prática pedagógica.

A confusão sobre as tarefas do coordenador implica que ele possa desenvolver com mais eficiência o seu trabalho.

Dentre todas as dificuldades que surgem perante essa função é importante que compreendamos que o coordenador pedagógico interage diretamente com os professores, diretamente com seu trabalho docente em sala de aula e com o planejamento da escola (PPP).

O coordenador é apenas um dos atores que compõem o coletivo da escola. Para coordenar, direcionando suas ações para a transformação, precisa estar consciente de que seu trabalho não se dá isoladamente, mas nesse coletivo, mediante a articulação dos diferentes atores escolares, no sentido da construção de um projeto político-pedagógico transformador. (ORSOLON, 2003, p. 19)

Segundo Orsolon (2003) algumas atitudes do coordenador são capazes de desencadear mudanças no professor:

- Promover um trabalho de coordenação em conexão com a gestão escolar. Quando os professores percebem essa integração, sentem-se sensibilizados para a mudança, já que o planejamento do trabalho se dá de forma menos compartimentalizado.

- Realização de trabalho coletivo. A mudança só acontece se todos se unirem em torno de um objetivo único, pois será mais fácil compartilhar concepções e dúvidas, buscando uma construção coletiva.

- Mediar a competência docente. O coordenador pedagógico deve considerar o saber, as experiências , os interesses e o modo de trabalhar dos professores, criando condições para questionar essas práticas e disponibilizando recursos para auxiliá-los.

- Desvelar a sincronicidade do professor e torná-la consciente. O coordenador tem que propiciar condições para que o professor análise criticamente os componentes políticos, humano-interacionais e técnicos de sua atuação, para que perceba a necessidade ou não de uma mudança em sua prática.

- Investir na formação continuada do professor na própria escola. A formação continuada possibilita, no interior da escola, que o professor faça de sua prática objeto de reflexão e pesquisa, transformando-a sob a direção do projeto de transformação da escola.

- Incentivar práticas curriculares inovadoras. É importante que o coordenador proponha aos professores uma prática inovadora e acompanhe-os na construção e vivência de uma nova forma de ensinar e aprender. No entanto, é preciso que essas práticas sejam compatíveis com as convicções, anseios e modo de agir do professor, pois é preciso que ele acredite na importância dessa inovação para que seu trabalho, de fato, se modifique.

- Estabelecer parceria com o aluno. O aluno deve ser incluído no processo de planejamento do trabalho docente. Criando oportunidades para que os estudantes participem com opiniões, sugestões e avaliações do processo de planejamento do trabalho docente, o coordenador possibilita que a aprendizagem seja mais significativa para alunos e professor, pois os alunos ajudarão o professor a redirecionar a sua prática.

- Criar oportunidades para o professor integrar sua pessoa à escola. É necessário que sejam criadas situações para que o docente compartilhe suas experiências, se posicionando de forma integral enquanto pessoa, cidadão e profissional, aprendendo com as relações no interior da escola.

- Procurar atender às necessidades reveladas pelo desejo do professor. O coordenador precisa estar sintonizado com os contextos sociais, educacionais e o da escola onde o professor atua para que capte essas necessidades e possa atendê-las.

- Estabelecer parceria de trabalho com o professor. Esse trabalho possibilita tomada de decisões passíveis de serem realizadas pois, se sentindo apoiado, o professor se compromete mais com o seu trabalho, com o aluno e consigo mesmo.

- Propiciar situações desafiadoras para o professor. As expectativas dos alunos em relação ao curso, uma nova proposta de trabalho ou as ações do coordenador podem provocar uma desinstalação do professor, que irá despertá-lo para um processo de mudança.

É notório que essas ações acima relacionadas trazem alguns elementos comuns: o trabalho coletivo, a formação continuada do docente e uma constante provocação do coordenador, no sentido de desencadear mudança em consonância com o coletivo escolar.




quinta-feira, 7 de abril de 2011

Bastão ou cursiva ? Que letra devo usar?


Considerada uma questão bastante complicada e tortuosa, muitos professores não sabem que tipo de letra utilizar no processo de alfabetizar de forma mais efetiva e tranquila:, bastão ou cursiva?Como o objetivo da escola deve ser o de preparar cidadãos críticos capazes de transformar a realidade para melhor, a proposta de alfabetização deve naturalmente adequar-se às exigências da realidade atual. Realidade esta, em que a letra bastão esta presente em todos os momentos da vida de uma criança: em livros, televisão, revista, jornais, embalagens, rótulos, no teclado do computador. A escola fica como um dos únicos espaços sociais em que privilegia a escrita com letra cursiva. Entendemos que antigamente a letra cursiva era vista como um dos meios de comunicação mais importante da época, pois usavam muito as cartas. Hoje presenciamos uma realidade contraria onde deparamos com seres quase que totalmente digitais.Perante minha experiência em alfabetização, acredito que a melhor forma das crianças passarem pelo processo de aquisição da escrita com menos tortura seria aceitável começar com a letra bastão.Conforme afirma Cagliari (1999, p. 31): “O processo de alfabetização pode ser diferente do método das cartilhas, procurando equilibrar o processo de ensino com o de aprendizagem, apostando na capacidade de todos os alunos para aprender a ler e escrever no primeiro ano escolar e desejando que essa habilidade se desenvolva nas séries seguintes, até chegar ao amadurecimento esperado pela escola”. Considerar seus alunos é caminho certo em direção ao sucesso.